Colágeno Hidrolisado questionado
O colágeno hidrolisado foi bastante debatido em relação a sua eficácia e utilidade em relação a aplicações estéticas e terapêuticas. O maior questionamento em relação ao colágeno hidrolisado é como garantir que o corpo vá utilizar os aminoácidos para construção de colágeno na pele uma vez que o corpo quebraria todas as ligações entre os aminoácidos e tendo eles isolados, poderia utilizar para qualquer fim, como construção de massa muscular por exemplo.
O mercado de nutricosméticos vende o colágeno hidrolisado a bastante tempo alegando resultados como diminuição de rugas, melhora da firmeza e hidratação da pele, fortalecimento da saúde óssea, e a prática clínica tem demonstrado que essas alegações são verdadeiras, mas a base científica sempre foi fraca pois a maioria dos estudos foram financiados pelas indústrias fabricantes de colágeno o que gerava a dúvida da real eficácia destes produtos.
Novos estudos apontam eficácia do Colágeno Hidrolisado
Nos últimos anos o Colágeno Hidrolisado tem sido bastante estudado na questão do tratamento de feridas, em especial muitos estudos japoneses tem comprovado, tanto a eficácia do colágeno hidrolisado como explicado seu mecanismo de ação no organismo. Um dos artigos, publicado agora em novembro de 2020 na revista Frontiers in Cell and Development Biology, mostra que os peptídeos (conjuntos de aminoácidos) gerados na hidrólise do colágeno, em especial o di-peptídeo prolina-hidroxiprolina (Pro-Hyp) é absorvido nesta forma, e quando circulante atua como fator de crescimento para fibroblastos específicos expressando o marcador de células-tronco mesenquimais p75NTR. O Pro-Hyp é incorporado por esses fibroblastos e estimula a produção de Colágeno. O Pro-Hyp, proveniente do colágeno hidrolisado, é portanto um importante fator de baixo peso molecular que inicia o crescimento de fibroblastos durante a cicatrização, com potencial terapêutico para tratamento de feridas crônicas.
Em 2006 um estudo publicado na Pubmed, mostra que o colágeno hidrolisado rico em peptídeos Prolina-hidroxiprolina é capaz de acelerar em duas vezes o processo de cicatrização,
Outro estudo publicado na Nature em setembro de 2021 também resolve um dos questionamentos do colágeno em relação a cicatrização, se ele estimula a formação de colágeno, não pode causar fibrose? pois bem esse estudo mostra que o colágeno hidrolisado tem função antiinflamatória e que isso acaba por diminuir a formação de fibrose no processo e cicatrização.
Como aumentar a ingestão de Colágeno Hidrolisado pela alimentação
Ou seja, o Colágeno hidrolisado é uma excelente opção nutricional para fornecer os aminoácidos e estimular os fibroblastos a atuarem no processo de cicatrização, uma forma natural de aumentar o consumo de colágeno é através de alimentos como:
- Carne Vermelha
- Frango
- Caldo de Ossos
- Peixe
- Gelatina
Porém para um melhor aproveitamento do Colágeno é importante consumir junto fontes de:
- Vitamina C – frutas cítricas.
- Selênio – Castanha, peixes, gema de ovo e fígado
- Zinco – Carne vermelha, ostras, nozes
- Vitamina E – Ovos, amêndoas
- Cobre – Ovos, castanha de caju
Pois esses nutrientes atuam como cofatores na produção e estruturação do colágeno.
Uma alimentação equilibrada e atividade física são fundamentais tanto para a prevenção de feridas crônicas como o tratamento delas, par aos mais sedentários, não estou falando de 2 horas de academia por dia, mas se você puder realizar 15-30 minutos de caminhada por dia, isso já vai te ajudar bastante.
Uma boa opção para fornecer todos esses nutrientes, colágeno e arginina para ajudar no processo de cicatrização é a suplementação, um exemplo que tem tido excelentes resultados é o Sorend que fornece todos esses nutrientes sem fornecer carboidratos que podem afetar os pacientes diabéticos, ou prédiabeticos.
O açúcar (carboidrato) é um dos principais vilões no processo de cicatrização, pois aumenta a geração de AGEs (produtos finais de glicação avançada, da sigla em inglês) e consequentemente gera um estado de inflamação crônica, mas isso é assunto para um próximo post.
Referências Bibliográficas:
https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fcell.2020.548975/full
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/25498544/
https://www.nature.com/articles/s41598-021-98407-9
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/16557055/
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